Depois de estudarmos o AUTO DA BARCA DO INFERNO de Gil Vicente, lemos o AUTO DO CRUZEIRO DO INFERNO de Isabel Zambujal onde esta escritora portuguesa contemporânea atualiza as cenas vicentinas. Os alunos foram chamados a comentar a atualização da cena final de Gil Vicente. Aqui ficam três comentários:
I)
No seu livro, Isabel Zambujal atualiza a última cena dos quatro cavaleiros de Gil Vicente. Esta transposição para o século XXI leva várias mudanças.
Primeiramente, os quatro cavaleiros são, na obra AUTO DO CRUZEIRO DO INFERNO, quatro bombeiros que intervêm num incêndio a fim de salvar pessoas presas pelas chamas numa herdade. Para mim, esta modernização da cena permite a representação equivalente da bravura e coragem dos cruzados quinhentistas na nossa época. A mensagem de Gil Vicente é assim passada de forma mais simples.
Os quatro bombeiros que morreram no incêndio acabam por ser aceites na barca do Paraíso pelos seus atos de extrema bondade.
m&ms
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II)
Na cena final do AUTO DA BARCA DO INFERNO entram em cena quatro cavaleiros que morreram a lutar pela fé cristã.
Isabel Zambujal atualiza a cena metendo em palco quatro bombeiros que deram a sua vida pelos outros morrendo num incêndio.
Na minha opinião, a escolha dos bombeiros para o papel de cruzados é muito acertada porque é um universo que podemos compreender mais facilmente. Depois, a autora decidiu contar como os quatro tinham morrido o que desvia da história contada por Gil Vicente (que só conta depois da morte), mas deixa o leitor mais sensibilizado em relação aos heróis.
iRosa
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III)
Isabel Zambujal, apoiando-se sobre a obra de Gil Vicente, recriou a peça atualizando o tempo e as personagens.
Há algumas personagens de Gil Vicente que não podem existir no mundo moderno. Assim, os cavaleiros tornaram-se bombeiros. Sem que a autora não deixasse de explicar as causas da morte das personagens. Penso que é uma boa ideia porque na obra de Gil Vicente não são explicadas tão detalhadamente essas mortes, o que podia ter criado um cómico de situação como acabou por acontecer na obra adaptada.
Em geral achei o livro de Isabel Zambujal interessante e mais fácil de ler, porque é mais adequado à nossa época e mais cómico.
superman
Depois de ter lido os três textos, eu escolhi o de irosa porque relata bem as diferenças entre as duas obras lidas. Ela evoca a alteração de situação onde os quatros cavaleiros passam a ser bombeiros. Estou de acordo quando diz que a mudança de personagens favorece a nossa compreensão, porque é um assunto atual que podemos entender melhor. Ela refere que ficámos a saber como morreram os bombeiros, uma diferença bem visível relativamente à obra de Gil Vicente.
ResponderExcluirPara mim seu texto é o melhor porque exprime bem as diferenças fundamentais que há entre os dois livros.
O meu trabalho preferido relativamente à atualização da cena final do «Auto Da Barca do Inferno» de Gil Vicente é o de iRosa. Com efeito, este trabalho, claro e conciso, resume e explica bem a transposição da cena no século XXI feita por Isabel Zambujal no seu livro. A aluna não se esqueceu de dar a sua própria opinião sobre a obra. Este texto está muito bem escrito mas apresenta para mim alguns erros na estrutura: não temos introdução, desenvolvimento e conclusão, o que não o impede, porém, de ser excelente. Acho que o trabalho de superman está mais focalizado na obra inteira em detrimento da última cena.
ResponderExcluirDe entre estes três trabalhos, preferi o trabalho de iRosa, pois achei que era a opinião que justificou da melhor maneira o seu ponto de vista, com argumentos sólidos e críticas pessoais. Achei que era o trabalho mais organizado, pondo em valor claramente o essencial que tinha a dizer. Explica, respeitando as instruções dadas, o que Isabel Zambujal modificou na última cena da peça de teatro de Gil Vicente sendo objetiva e direta no que queria dizer e nas opiniões que queria transmitir. Conseguiu pôr o que todos nós pensávamos sob a forma de frases bem construídas utilizando as palavras mais adequadas. Por todas estas razões escolhi este trabalho de iRosa, como o trabalho que mais apreciei.
ResponderExcluirA análise de que mais gostei foi a terceira (de Superman) por me parecer mais completa focando o aspeto cómico. Assim como Gil Vicente reflete na sua obra duas culturas e mentalidades diferentes, por ter vivido numa época de transição entre a Idade Média e o Renascimento, Isabel Zambujal conseguiu ainda acrescentar a este enredo vicentino uma terceira época, o século XXI. Apesar da oposição dos valores e da cultura destas três épocas, há algo sobre a essência do Homem que consegue atravessar todas elas. E nesta terceira análise, o autor foca este aspeto e fala-nos ainda do cómico de situação. Como diz o autor do texto, o livro de Isabel Zambujal é mais interessante pois é atual e as personagens representam diversas profissões e classes sociais mais próximas de nós.
ResponderExcluirNestes trabalhos, o trabalho que me parece ser o melhor é o primeiro. Considero que o vocabulário foi bem escolhido. Explica bem a atualização da cena final do livro de Gil Vicente . Explica bem e rapidamente a atualização da cena final feita por Isabel Zambujal.
ResponderExcluirO comentário que mais apreciei foi o de m&ms porque, pessoalmente, achei que era o melhor em termos gramaticais sendo o mais explícito. Podemos perceber que o autor do texto prefere a obra de Isabel Zambujal, por ser mais simples que a de Gil Vicente, uma opinião que partilho. Acho que o vocabulário utilizado é adequado, porque não é demasiado difícil nem demasiado fácil de compreender. E o conteúdo é simplesmente ótimo, porque ele compara as duas obras e acrescenta a sua opinião.
ResponderExcluirNa minha opinião, o texto que explica melhor a transformação dos cavaleiros em bombeiros é o de iRosa por ser um texto com o qual eu concordo: concordo que os bombeiros, hoje em dia, são uma representação mais simples de compreender; concordo com a ideia de descrever a morte destes personagens a fim de sensibilizar o leitor (ou espetador) à bravura destes heróis. O texto de m&ms parece ser menos detalhado resumindo simplesmente a cena e rapidamente mostrando a sua opinião. No texto de superman, não concordo com a afirmação: " Há algumas personagens de Gil Vicente que não podem existir no mundo moderno." Para mim esta declaração é falsa visto que os cavaleiros poderiam ter sido militares, policia, ou descendentes de cavaleiros fazendo o bem à volta deles
ResponderExcluirGostei mais do terceiro texto, acho que ele é bem explicado, fácil de compreender e é breve.
ResponderExcluirDepois de ter lido os três textos, acho que preferi o último, porque tenho a mesma opinião. O facto de serem bombeiros em vez de cavaleiros torna a cena mais acessível aos espetadores e também mais divertida. No entanto, também temos de guardar as explicações detalhadas das mortes, como na peça de Gil Vicente. Também concordo com alguns tópicos do texto 1, como o facto da cena ser mais fácil de compreender sendo os personagens bombeiros que vão para o Paraíso.
ResponderExcluirO texto que me agradou mais foi o texto de superman, porque achei que era o mais completo de todos e referiu bem a ideia que nos transmite o livro de Isabel Zambujal. O texto é curto, simples e claro. Também gostei do facto de ele dar a sua opinião sobre o livro no fim. Os dois outros textos também eram bons e completos, mas um pouco menos claros do que o primeiro.
ResponderExcluirDos três textos, o que mais gostei foi o de m&ms, porque é o que ilustra melhor a importância da modernização da cena originalmente escrita por Gil Vicente, e o mais completo em termos da explicação da passagem para a atualidade, porque explicou os valores que Isabel Zambujal quis transmitir através desta passagem (a bondade e a coragem dos cavaleiros). Além disso, este é o único dos três textos que inclui a sentença final dos bombeiros (a ida para o Paraíso), o que é essencial para compreender plenamente a opinião de Isabel Zambujal em relação aos "heróis".
ResponderExcluirNa minha opinião, o terceiro comentário (superman) é o melhor dos três. Acho que é aquele que explica mais simplesmente e claramente a sua escolha. Ele dá o essencial das informações dando justificações simples e lógicas. Achei também uma boa ideia a conclusão dando a opinião geral sobre o livro. Parabéns!!
ResponderExcluirA opinião sobre a atualização da cena final de que eu mais gostei foi a de m&ms. Gostei da maneira como conseguiu explicar de uma forma curta e clara a transposição para o século XXI da obra de Gil Vicente. Concordo com o que diz. Os bombeiros identificam-se à coragem e ao empenho ("A bem da humanidade"), valores outrora representados pelos cavaleiros de Cristo. A modernização da peça de Gil Vicente, feita pela Isabel Zambujal, permite ao leitor compreender mais facilmente a mensagem que o célebre dramaturgo quis passar.
ResponderExcluirO meu texto preferido é o terceiro (superman) por ser o mais direto, frontal e simples. O/a autor(a) não procurou um vocabulário complicado e fez frases simples e claras, bastante compreensivas e acessíveis. O texto transmite uma opinião não só sobre o excerto estudado, mas também sobre a peça em geral e, mesmo se a minha opinião difere da pessoa que escreveu este texto, ela argumentou bem o seu pensamento. Resumindo e concluindo, a simplicidade do último texto conquistaram-me!
ResponderExcluirO segundo trabalho foi o trabalho de que mais gostei, porque achei-o constituído por bons argumentos. Isabel Zambujal escreveu a peça "Auto do Cruzeiro do Inferno" com o objetivo de atualizar a obra de Gil Vicente e iRosa mostra isso muito bem iRosa" escreveu um texto mais fácil e mais claro de compreender, duma forma muito simples quando comparado com os dois outros textos: superman só dá a sua opinião e m&m's escreveu duma maneira mal estruturada: primeiro, conta a história dessa última cena, depois dá a sua opinião, refere o objetivo da autora e por fim conta como acaba a cena. Assim, para mim, o melhor trabalho foi o de iRosa, não pelo seu tamanho, mas pelo seu conteúdo.
ResponderExcluirO texto que preferi, de entre os três que li, foi o texto de SUPERMAN pois para mim, foi ele que mais interpretou a escolha dos quatro bombeiros pela escritora Isabel Zambujal para a cena final. Além disso também imaginou o que teria sido do livro de Gil Vicente se ele tivesse feito como a autora contemporânea. Mesmo tendo avançado poucos argumentos, ele conseguiu redigir o seu texto com elementos de peso que favorecem a sua escolha e que explicam a minha preferência.
ResponderExcluirO texto que mais me agradou de entre os três sobre a atualização da cena final vicentina no «Auto do Cruzeiro do Inferno» foi o texto de superman. Achei-o bem redigido pelo facto de apresentar muito bem as razões voluntárias (ou não) que fizeram com que a Isabel Zambujal tenha atualizado esta cena. A conclusão foi suficientemente elaborada ainda que curta. Podemos assim ter uma ideia geral e bastante precisa das razões que levaram a autora a fazer esta adaptação. Apesar do que acabo de dizer, os dois outros textos também me agradaram, o de iRosa por tratar dos sentimentos do leitor e o de m&ms por fazer uma ligação entre a figura heroica dos Cruzados de quinhentos e a dos bombeiros de hoje.
ResponderExcluirDepois de ter lido os três trabalhos, parece-me que o de iRosa descreve bem a atualização da peça. Também concordo que a intervenção dos bombeiros permite-nos compreender mais facilmente a crítica presente na cena atribuindo mais modernidade à peça. Dos três trabalhos foi aquele que mais apreciei, apesar dos outros também serem bons textos..
ResponderExcluirO meu texto preferido foi o do m&ms.
ResponderExcluirPrimeiramente, gostei da estrutura do seu trabalho: na introduçao, enumera os pontos que vai abordar na segunda parte. Depois, no desenvolvimento, developa as ideias. Em segundo lugar, gostei da palavra "atualiza" que usou para definir a modernizaçao da obra do AUTO DO CRUZEIRO DO INFERNO de Gil Vicente. Terceiramente, gostei da sua interpretaçao do livro actualizado, pois, porque explica porque é que gosta deste livro dizendo porquê: as noçoes da bravura e da coragem sao permanentes e nao mudam no tempo. Quarto, achei a sua conclusao eficaz porque resuma o fim da historia numa so frase. Quarto, m&ms respeitou a forma do texto (120 palavras maximas). Enfim, gostei do seu texto porque o objetivo deste texto era dizer a sua opiniao em poucas palavras: achei o seu texto muito eficacio e bem fez o que era pedido.
Para mim, a melhora analise da adaptação da cena final, é a segunda (de iRosa), porque é clara e bem redigida. iRosa também soube bem explicar a sua opinião e concordo com as suas ideais : a atualisação dos cavaleiros em bombeiros permite uma melhora compreensão, o fato de contar as mortes das personagens sensibiliza os letores.
ResponderExcluirO texto que preferi foi o primeiro, escrito pelo "m&ms" porque, na minha opinião, esta redação foi redigida de maneira clara e com expressões bem formuladas, enquanto os dois outros textos foram, para o meu gosto, escritos de uma maneira muito "dura", e com falta de ligação entre cada paragrafo. Esta falta de conectores dà ao leitor um sentimento desagradavel durante a leitura. Todavia, estes três textos expõem e explicam de maneira eficaz a cena tratada.
ResponderExcluirPreferi o comentario do m&ms porque ele mostra bem o facto que a autora Isabel de Zambujal autoalizou a peça dando o exemplo dos quatros cavaleiros que sao bombeiros nesta peça e moreram salvando a vida de outras pessoas o que faz referência aos cavaleiros que combateram para a cristiandade e entao sao destinado a ir ao paraiso graças aos seus actos de herois. m&ms mostra bem que as historias das mortes dos bombeiros e dos cavaleiros diferem mas que, analisando os dois casos, sao assimilados pela autora da peça autoalizada.
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